Que estão eles fazendo agora na casa? perguntou aos índios.
— Ainda estão acordados, disse Olho, porque há luz embaixo da porta.
— Estão batendo pratos! disse Ouvido.
— Estão comendo! acrescentou Faro. Comendo peixe...
— Em qual parte da casa?...
— Na varanda de baixo; as vozes dizem.
— Não há ninguém no terreiro que nos veja?
— Ninguém.
— Então acheguemo-nos!...
— Conseguirás tu, Estácio? perguntou Cristóvão sentindo o coração palpitar-lhe.
— Esperemos em Deus, Cristóvão!
Aproximaram-se cautelosamente, com receio de espertar a atenção no interior da casa, até a borda do valado que duas semanas antes impedira o passo ao capitão de mato acorrido para salvar seu colaço. A janela de Elvira ficava na distância de três braças, e a fresta esclarecida na altura de vinte pés.
Estácio examinou de novo a perspectiva da casa, e voltou-se para João Fogaça:
— Onde estão os vossos olhos?