vossa própria confissão, minha irmã, que respondeis aos sentimentos que lhe soubestes inspirar!...
— E por que o não dissuadistes, meu irmão?... respondeu a donzela voltando-se com uma dignidade serena para o alferes.
— Por quê? replicou o alferes com um mau sorriso. Porque um besouro lhe zumbiu aos ouvidos que sem o consentimento dos vossos tínheis dado a outro o vosso coração. Ora se isso fosse verdade, esse feliz seria hoje mesmo um homem morto! Mas não é verdade!... Tenho disso toda a certeza!
— D. José, mal conheceis vossa irmã se cuidais que ela seja capaz de comprar com uma mentira a vida daquele a quem ama!
E soberba e rainha, na sua altiva resignação, assomou à porta da sala onde a esperava seu pai. O frade adiantou-se como para recebê-la, e ao passo que lhe dava a mão a beijar, murmurou-lhe baixo estas palavras:
— Filha, há segredos que só no confessionário se revelam!
D. Francisco de Aguilar dirigiu-se à filha com certa severidade:
— Vosso pai vos ordena, D. Inês, que em presença