Página:As Minas de Prata (Volume IV).djvu/79

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o olhar torvo e mau com que o carniceiro no começo da missa chocava a sua raiva no semblante do gentil cavalheiro. Ora, a mulatinha tinha suas razões para querer a Estácio, e não gostara disso; entretanto ainda supunha que o cenho do magarefe não passasse de vãs abafas, quando o nenhum caso que dela fez na saída, deixando-a para ir na pista do cavalheiro, lhe deu seriamente que pensar.

Voltou-se para Gil que a ladeava, e lhe segredou ao ouvido com açodamento:

— Apanha o cavalheiro quanto antes e avisa-o de que o seguem.

— O seguem a ele?... Mas quem?...

— Tanto basta que saiba, a fim de se ter em guarda.

— Renego eu de cachas!... Desembucha de uma vez, rapariga.

— Vai-te, que o não percas!... acudiu a alfeloeira vendo Estácio dobrar a esquina.

— Não haja cuidado, que em dois saltos o tenho filado!... Mas diz-me tu, Joaninha, quando hás de cumprir o prometido?...

— Qual prometido?