Página:As Minas de Prata (Volume V).djvu/117

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e arrependida de haver chamado Cristóvão, se afigurava já como a causa de sua morte.

— Em vez de chamá-lo eu devia ter procurado arredá-lo o mais possível de mim!... soluçava ela.

Nisto pareceu-lhe que abriam e tornavam a fechar sutilmente a porta da câmera; cuidou que fosse D. Luísa que tendo ouvido algum rumor, viesse escutar se ela dormia. Essa circunstância ainda mais aumentou seu grande terror.

Depois os rumores cessaram no teto, e a corda começou de novo a rolar, sendo substituída pelo fio, e desaparecendo completamente. Ela compreendeu que por aquela noite estava tudo terminado.

Entretanto Olho voltara ao lugar, onde havia deixado Cristóvão e João Fogaça, a dar conta da sua exploração:

— Olho entrou no forro da casa, e logo viu lá no fim um canto menos escuro.

— Já sei; era um buraco no forro.

— Sim; Olho amarrou a corda no caibro, e desceu.

— Em que lugar?

— No corredor. Junto do quarto da senhora está