— Ninguém sabe, senão que morreram muitos, e alguns também dos flamengos, pois os corpos vieram à praia.
— Diabo os leve, se os entendo, exclamou o taberneiro dando um soco no ar; sua vontade era dá-lo no Anselmo, mas não se atreveu.
Entretanto chegava Gil à Fonte do Gravatá, onde esperava que Joaninha não tardasse a passar. De feito com pouco ouviu o cantarolar da mulatinha e logo após bruxuleou entre o arvoredo o carmesim de sua vasquinha de lã com vivos pretos. Ao tão conhecido psiu do pajem voltou ela o rosto brejeiro e aproximou-se aos pulinhos.
Sentaram ambos sobre a relva.
— Tardei muito? Já estavas cansado de esperar, fala verdade!
— Se também agora mesmo cheguei!
— Pois não te conto, Gil!... És tu capaz de adivinhar quem esteve agora em casa?...
— Sei cá!... Vai dizendo logo de uma vez!...
— O tal D. Fernando!... O noivo!...
— Deveras! E que foi ele lá buscar, Joaninha? Dar-se-á acaso que fosse pedir-te para levar algum recado?...
— Cruzes, Gil!... Sempre tens ideias!... Cuidas