tomar o trabalho de acompanhá-lo. Ei-lo que é já fronteiro à espessa touça de bananeiras, e entra a cancela lateral como pessoa familiar da habitação. A Brásia abre-lhe a porta da varanda, onde está sentada ao fundo, sempre triste e pensativa, a formosa D. Dulce. Ao vê-lo, um sorriso dorido deslaça os lábios da dama, que lhe estende a mão saudando-o. O advogado senta-se a par, e começam à meia voz uma conversa que dura até à noite:
— Acho-vos triste hoje, sr. doutor, ou será engano meu?...
— Não vos enganais, D. Dulce; estou com efeito mais triste do que já há muito me fizeram os anos e fastios deste mundo.
— E não posso eu, que vos fiz depositária de minhas mágoas, saber de que provêm as vossas?
— É esse filho, de quem tanto vos tenho falado, a causa única!...
— Ah!... exclamou Dulce comovida. Que lhe sucedeu então?...
— Ignoro-o, e é isto o que me traz aflito; não saber o que seja feito dele a estas horas.
— Não me dissestes há dias que o tinham prendido?