senhor provedor; mas não assim o meu nome. Eu sou o P. Gusmão de Molina!...
— Gusmão de Molina!... Não me recordo!... disse lentamente o fidalgo sondando sua memória.
— Não admira, pois faz mais de ano que viu esse nome e uma vez tão somente.
— Dir-me-á V. Paternidade onde o vi?
— Na carta que em setembro do ano atrasado escrevi a Vossa Mercê, de Lisboa onde então me achava.
— Sobre que objeto? perguntou o fidalgo, como quem se lembrava, mas queria verificar a lembrança.
— A propósito do roteiro que pertenceu a Robério Dias e se acha em poder de Vossa Mercê.
— Ah! exclamou D. Diogo.
— Nessa carta avisava eu ao senhor provedor haver-se perdido a que Sua Mercê escrevera anteriormente à mulher de Robério Dias...
O frade com os olhos cravados no semblante do fidalgo proferiu as últimas palavras e continuou repetindo:
— Escrevera à mulher de Robério Dias; pelo que, sendo possível apresentar-se com ela alguma pessoa inculcando-se procurador daquela dama,