Página:As Minas de Prata (Volume V).djvu/197

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se me apresentou como procurador de Estácio Dias Correia, noviço da Companhia de Jesus no Colégio da Bahia. Eis os documentos que justificam essa qualidade.

Estácio leu:

— A pessoa de quem tratam estes papéis sou eu próprio; apenas há um pequeno engano, e é que não sou, e nunca fui noviço da Companhia; porém apenas estudante nas aulas públicas que os padres da Bahia, em falta de escolas, franqueiam a todos.

Voltando-se para o P. Molina, o mancebo o interrogou:

— É isso ou não verdade, Senhor P. Molina?

— O único filho de Robério Dias, que eu conheço, é o de que rezam estes documentos; não sei de outro.

— Basta! Vejo, Senhor D. Diogo de Mariz, que nada me resta a fazer aqui. Vim à vossa presença, como um homem leal e sincero se devia dirigir a um fidalgo do vosso nome e caráter, com verdade e fé; pareceu-me que vossa carta era suficiente documento, e a minha palavra de cavalheiro prova maior de toda a exceção. Encontro porém