Página:As Minas de Prata (Volume V).djvu/199

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— Deus protege o direito, senhor!... Observai! Este homem se vos apresenta munido de provas para disputar-vos o que é meu; eu venho só acompanhado com a verdade e a justiça, sem outro documento além de vossas letras. Pois bem, naquelas mesmas provas, produzidas contra mim, está o meu reconhecimento!

— Explicai-vos melhor.

— Aí está, dissestes, um auto com a minha assinatura, com a assinatura de Estácio Dias Correia. Ainda não o vi. Mas a assinatura é esta!...

O mancebo tomou a pena e escreveu o seu nome.

— É verdade! exclamou o fidalgo.

— Que prova isto?... acudiu o frade. Quem munido de uma carta alheia se apresenta simulando aquela pessoa, naturalmente se prepara para de alguma forma provar sua falsa identidade. De mais eu tenho ainda um documento, que destrói toda a dúvida e que não apresentei por não supor necessário. Se o senhor provedor me promete esperar!...

— Ide; mas voltai breve.

O frade desapareceu.