valor de semelhante papel, continuou a confiança materna, até que renunciou seus direitos na Companhia, a qual perseverou por mais de ano no nobre exemplo de seus antecessores. Nenhum dos sucessivos proprietários do tesouro de que o Senhor D. Diogo de Mariz tem a guarda, duvidou um instante da inviolabilidade desse depósito.
— Nem o devia!... Há mais de quatro anos que esse papel existe em meu poder; desde o primeiro dia em que li o rótulo nunca mais estes olhos o buscaram para ler uma palavra; na mesma hora em que a esta cidade cheguei, o cerrei sob meu selo, e o depus no mesmo lugar da prateleira onde jaz ainda intato desta mãos.
— Eu o sabia antes que o dissesse V. Mercê, e como eu, sabiam aqueles que dormiam na maior tranquilidade e segurança, acreditando que seu tesouro estava sob a guarda de Deus, pois estava sob a guarda de tão honrado fidalgo. Essa confiança nobre não merece reciprocidade? Não pede que dispenseis igual com que a teve convosco?
— Tinham a minha carta.
— E depois de perdida?... Por outro lado não ignora V. Mercê a história desse roteiro e da descoberta de que ele reza;