quanto sabeis? É preciso defender vosso segredo, mais que nunca. E na maneira de o fazer não pedi conselho de ninguém...
— Nem de vós, mestre?
— De ninguém, senão de vosso engenho, que não vos há de faltar, porque Deus justo o inspira. Sois portador de um germe, que pode ser o da morte ou da grandeza. Mostrai-vos digno dessa situação em que a Providência vos colocou.
— Cuidais então, mestre, que meu primeiro cuidado seja pôr em segurança o roteiro?
— Quanto antes. Já devíeis ter partido.
— Oh! mestre, lembrai-vos que há apenas instantes que vos abracei depois de cerca de dois meses de ausência!...
— E não me lembro mais do que devera! Pois se ouvisse minha consciência, antes que meu coração, já não estaríeis aqui! Cada átomo daquela areia que vaza, é talvez um ano de vossa felicidade a escoar-se! Quem sabe!
— Parto já; mas antes queria falar-vos de uma coisa, que bem sabeis.
— De vosso amor?
— De meu amor, sim, mestre! Dessa esperança que alimentastes