e donaire de suas formas que apesar do traje velho e maltrapilho transparecia, como a lindeza da borralheira ao través da cinza.
O baú estava dentro cheio de mil objetos diversos; perfumes de todas as qualidades, drogas várias com rótulos de nomes estranhos; figurinhas mágicas de marfim e ébano, vidrinhos com elixires e filtros; todo um arsenal enfim de bruxarias. A respeito da propriedade de cada um destes objetos e seus nomes, recebeu a improvisada feiticeira uma lição minuciosa. Calou porém a cigana um que estava quase oculto nos repartimentos inferiores: era uma espécie de redoma, a última de uma série de seis, todas iguais. Estas continham narcóticos diversos, de vária força soporífera.
— E esta? perguntou Raquel.
— Esta!... murmurou a cigana com certo tremor na voz, também faz dormir; mas para sempre!...
Raquel rejeitou-a com horror.
— Pois também vendes isso, Zana! disse ela com exprobração.
— Não é para vender esse, dona!
— Para que o destinas então?