em tempo; mas Araci as semeou no fundo do rio tantas quantas são as flores do murici.
O aventureiro suspirou.
— O rio é bem profundo!
— Tupã o arrancará do seu caminho!
— Dá-me as pedras que tens, pajé, para que eu volte ao lado de minha esposa e de meu filho, de quem ando ausente há onze luas. Depois virei a ti, melhor preparado, para tirarmos o rio de seu caminho.
O pajé deu ao guerreiro seu maracá.
— O maracá do pajé está cheio das lágrimas de Araci, leva-o contigo, e parte. Abaré fica te esperando.
O aventureiro despediu-se do velho e saiu da gruta; por onde passava com sua faca de mato acutilava profundamente o tronco das árvores, mas de modo que o prolongamento do entalhe acompanhasse a direção da sua marcha. Depois de algumas horas de caminho encontrou a bandeira arranchada à sombra das aroeiras, onde pela manhã a deixara, para explorar os arredores; já seus homens estavam inquietos pela demora, mas sem prejuízo do apetite com que devoravam uma grande peça de caça preparada de moquém.