Página:As Minas de Prata (Volume VI).djvu/64

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— Inês deve ser minha!... murmurava uma voz dentro de sua alma. Outra replicou:

— E será, querendo ela!

Cogitou um instante.

— É preciso que eu a veja hoje mesmo.

O mancebo voltou a almoçar com a tia; foi depois estar uma hora com seu velho mestre e padrinho; visitou Álvaro de Carvalho que já sabia das suas cavalarias altas, e deu-lhe tantos ralhos quantos abraços.

— Enfim estais um homem!... Já não precisais de mim, rapaz!... Deveis agradecer-me ter-vos tirado dos miolos as carolices de vosso padrinho e mestre, o doutor fuinhas!

Tendo cumprido com os deveres da amizade, Estácio tratou de realizar seu projeto.

Acompanhado de Gil, dirigiu-se para Nazaré.

Caía a hora da sesta.

A calçada do edifício estava cheia de pajens e lacaios, ricamente trajados, que tinham pelas rédeas os cavalos de uma lustrosa comitiva, a rir e galhofar, como costuma a gente dessa laia quando se encontra.

Em uma recâmera, do lado direito do edifício, D. José de Aguilar cruzava o aposento em todos os