sentidos com um passo curto e impaciente, que semelhava o trote miúdo e rápido da fera em torno da jaula. Ali encerrado desde a véspera por seu pai, o moço estremecia de cólera; seu rosto pálido e contraído esboçava bem os sentimentos pungentes que lhe dilaceravam a alma.
A porta do aposento abriu-se; D. Francisco de Aguilar apareceu carrancudo e terrível; a um gesto seu entrara um pajem e depondo sobre a cadeira um pacote com vários objetos, retirou-se; o fidalgo fechou a porta e dirigiu-se ao filho:
— Já não pertenceis à milícia. O sr. governador vos expulsou esta manhã da sua guarda para que a não desonreis!
Os dentes do moço rangeram.
— Restituí-me pois esta espada, que eu a despedace como o vil instrumento da traição e da cobardia!
— Serei tudo quanto quiserdes, senhor, cobarde não!...
— Cobarde sois, porque vosso coração apodreceu.
O fidalgo desfez o pacote, e tirou dele uma tesoura:
— Tomai! Talvez manejeis melhor este ferro que