Página:As Minas de Prata (Volume VI).djvu/94

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viram na areia os sinais deixados pelas mãos de Estácio quando apagara as suas pegadas. Ouvido, auscultando o chão, ouviu ainda o passo do mancebo que se afastava, não mais pelo lado do mar, mas pelo Monte Calvário.

— Lá! disse ele erguendo-se.

Olho disparou após ele; mas Faro não se mexeu.

Com o nariz ao vento, desde que entrara na clareira, corria ele em todos os sentidos aquele pequeno espaço procurando a fonte de uma leve exalação que lhe pruria o olfato. Afinal escasseando a brisa, pôde ele conhecer a direção da veia odorífera e remontá-la ainda que lenta e incertamente; os companheiros vendo aquilo estacaram: eles formavam um corpo de três cabeças.

— Está cheirando a paroba!...

— Huh!... fizeram os outros.

Já Faro metia o nariz entre os interstícios da pilastra; Olho chegando-se viu que o cimento estava despregado; Ouvido calcou o tijolo solto:

— O papel está falando dentro.

O cossolete de malhas d'aço foi tirado do esconderijo; dentro dele acharam os índios o roteiro e o substituíram pelo rolo que dera o P. Molina.

Estácio não podia adivinhar as particulari