conhecer?... Depois de tanto tempo!... (Pausa) Tens medo de mim?... Não penses que vim repreender-te... acusar-te! Já não tenho forças!... Vim pedir-te que me restituas a filha que perdi! Queria ver-te antes de morrer... Eu te perdoo tudo... Não tenho que perdoar... Mas fala-me... Olha-me ao menos!... (Carolina volta-se involuntariamente e confusa) Mais perto! Quase não te vejo!... As lágrimas cegam... e tenho chorado tanto!...
CAROLINA – Minha mãe!...
MARGARIDA – Ah!
CAROLINA – Oh! não!
MARGARIDA – Que tens?
CAROLINA – Tenho vergonha!
MARGARIDA – Abraça-me! Deus ouviu as minhas orações! Achei enfim minha filha... minha Carolina!
CAROLINA – Não está mais zangada comigo?
MARGARIDA – Nunca estive!... Tinha saudades!... Porém agora não nos separaremos mais nunca. Vem!...
CAROLINA – Para onde?
MARGARIDA – Para a nossa casa; hás de achá-la bem mudada. Mas tudo voltará ao que era. Estando tu lá, a alegria entrará de novo; seremos muito felizes, eu te prometo.