Página:As asas de um anjo.djvu/221

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de ocupar a tua alma, de viver para a tua felicidade!... Nunca pedi tanto a Deus!... Dize, dize que me amas, para que eu não me arrependa de ter aceitado este sacrifício!...

LUÍS – Amo-te, Carolina.

CAROLINA – Mas se não puderes esquecer... Se a lembrança do passado surgir, como um espectro... Não me acuses, Luís!... Foste tu que o exigiste!

LUÍS – Não tenhas esse receio, Carolina. Tu és minha mulher, perante o mundo. Perante Deus...

CAROLINA – O que sou?

LUÍS – És minha irmã.

CAROLINA – Tens razão! O nosso amor é impossível.

LUÍS – É puro e santo!... Há de ser feliz!

CAROLINA – Já não existe felicidade para mim!...

LUÍS – Existe, Carolina. Ali... naquele berço!... Sê mãe!

CAROLINA – Minha filha!... Sim! Viverei para ela!