Página:As asas de um anjo.djvu/48

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olha Carolina) que podia acusar-me. Agora mesmo ela ignora que era o seu nome...

ANTÔNIO – À vista disto decididamente não queres casar com tua prima?

LUÍS – Não, Antônio; agradeço, mas recuso.

ANTÔNIO – Por que razão?

LUÍS – Porque ela... Porque...

MARGARIDA – Já não disse! Não lhe tem amor; gosta de outra.

CAROLINA (com ironia.) – E vai casar-se com ela.

ANTÔNIO – Olha lá; se é este o motivo, está direito; mas se não tens outra em vista, diz uma palavra, e o negócio fica decidido.

CAROLINA (aflita.) – Meu pai!...

ANTÔNIO – Vamos. Sim, ou não?

LUÍS (com esforço, olhando Carolina.) – Não; amo a outra...

CAROLINA (respirando.) – Ah!...

ANTÔNIO – Está acabado! Não falemos mais nisto.

CAROLINA (à meia voz.) – Obrigada, Luís; sei que não mereço o seu amor.