mento de artigos similares aos nossos. A Italia, que é a maxima fonte da colonização brasileira actual, teve, de 1902 a 1906, um aumento de 28,4% na sua exportação para o Brasil. E quanto exportou? 9.274 contos, em 1906 — metade do que exportámos!
A Hespanha, que fornece tambem muitos trabalhadores, tem uma exportação ainda insignificante para o Brasil.
Da Austria-Hungria, que viu, de 1902 a 1906, crescer 19.3% a sua exportação para o Brasil, de 4.556 contos de valor, a corrente emigratoria com o mesmo destino egualmente é importante.
Dessas nações só podemos considerar concorrentes, por terem varios artigos similares aos nossos, a França, a Hespanha, a Italia e a Austria-Hungria.
Ora, que nos diz o estatistica brasileira? Diz-nos que, em 1906, a exportação, para o nosso e para esses paizes, foi:
Destino | Valor em £ | Augmento ou diminuição de 1901 para 1906 | |
---|---|---|---|
França | 6.507.470 | + | 36,66% |
Hespanha | 196.839 | + | 217,61% |
Italia | 510.118 | + | 34,90% |
Austria-Hungria | 1.821.959 | + | 60,58% |
Portugal | 312.755 | + | 27,89% |
Isto quer dizer que, de todos esses paizes, aquelle que manifesta menos tendencias para augmentar o consumo dos productos brasileiros é o nosso. Falam os numeros, affirma-o a estatistica, que, como diz o professor Rodolfo Benini, é o unico meio de verificar nos phenomenos collectivos o que ha de typico na variedade dos casos, de constante na variabilidade, de mais provavel no apparente acaso, e de decompôr, até onde