protecção reciproca do principio nacional, não podia deixar de se fortalecer e consolidar.
Para isso contribuía a differenciação que o meio e os cruzamentos ethnicos impunham a esses estados, apartando-os mais e mais, se bem que lentamente, dos colonizadores.
O esforço das sociedades hispano-americanas para se adaptarem ao espirito americano, desvincilhando-se de instituições e costumes do outro lado do Oceano, é a explicação que dão todos os sociólogos, que estudaram o phenomeno, das suas luctas civis e dos seus frequentes eclypses de legalidade.
Não assim com o Brasil. A evolução brasileira, até
o inicio do derradeiro quartel do século passado, operou-se quasi livremente do espirito americano. Quasi,
dizemos, porque a sua influencia se encontra em todo
o imperio como elemento modificador das tendencias
intrinsecas do povo brasileiro.
É facil comprehender a disparidade apontada.
Em primeiro logar, a antiga colonia americana de Portugal constituiu um imperio, uma realeza, sob um principe português. Pedro I do Brasil, mais tarde IV de Portugal, já não poude deixar de conceder ao Brasil o systema representativo, despojando-se dos attributos divinos da realeza absoluta. É que a America, pelo seu espirito, já não podia tolerar essa instituição politica ainda vigente em ortugal.
Não ha barreiras nem muralhas chinesas impermeaveis ás idéas; e o principe portugués, ao sentar-se no unico throno da America, comprehendeu essa verdade.
A Pedro IV deveu Portugal a dadiva de um systema vasado nos mesmos moldes que elegêra o auctor inglês a quem o filho de João VI e Carlota Joaquina encommendára a primeira…