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Era um homem de feia catadura, barbado. Avistando o menino, parou, mirou-o durante alguns segundos, e chamou-o. Alfredo hesitou, acanhado, mas animou-se.

— Quem é você? — perguntou o vaqueiro, com voz rude.

— Sou... sou... — titubeou o pequeno.

— Sou... sou... hem? É com certeza algum vagabundo. Não quero vagabundos aqui! Afaste-se, afaste-se quanto antes!

Transido de medo, com os olhos cheios de lágrimas, Alfredo voltou ao rancho e contou aos companheiros o que lhes sucedera.

— Que maldade! — exclamou Carlos — enxotar-nos daqui, a esta hora! Que mal lhe fazíamos nós?!