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XXXIII. A CLAREIRA

Vejamos o que acontecera a Juvêncio.

Tendo recebido os dez tostões, para levar a carta à vila de Riachinho, o rapaz pusera-se a caminho sem perda de tempo. Era uma hora da tarde, quando partiu; às seis devia estar na vila. Em caminho, parou um pouco, por volta das três horas, à procura de água com que matasse a sede. Não havia casas à vista: o lugar parecia inteiramente deserto. Mas, para um sertanejo como ele, isso não era motivo de desânimo.

Juvêncio observou com atenção o local. A estrada seguia por um meio declive, e fazia uma grande volta, rodeando um mato, que lhe ficava para o lado de baixo, à esquerda do rumo que levava o rapaz. Do outro lado erguiam-se dois morros pelados. E Juvêncio pensou: — “Se o caminho faz este rodeio é porque aí dentro da mata existe algum obstáculo, que o obriga a desviar-se, e esse obstáculo é, com certeza um rio, um córrego, que passa bem perto talvez”. Continuou a marcha, reparando bem para o lado esquerdo, e pouco depois descobriu uma batida que entrava para o mato; enveredou por ela, e, umas cinqüenta braças adiante, estava à beira de