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XL. COMO SE EMBRULHA UM SABIDO

— É aqui! — murmurou Juvêncio com solenidade.

Pararam todos, e chegaram-se uns para os outros, formando um feixe de homens. Venâncio falava baixinho, ao ouvido, quase, dos seus homens:

— Vocês três, Zé Pedro, Januário, e João Fazenda, ficam aqui, e, pelo sim, pelo não, guardam este laço e esta lanterna. Foice numa mão, e garrucha na outra! E nós, vamos atravessar a água, — disse para os outros.

— Acho bom tirarmos as calças, porque o passo é meio fundo: dá água até a cintura quase — aconselhou Juvêncio.

— Sim! — concordou Venâncio, e foi logo, como os outros, safando as calças e atando-as à cintura: mas ainda não tinham acabado este preparativo, e já o rapaz entrava na água.

— Espera! — murmurou, áspero, Venâncio.

— Sim! — acudiu a voz apagada de Juvêncio.

Disse — sim — mas continuou. A treva era completa. A sombra espessa do arvoredo, a noite negra, sobre a superfície trêmula da corrente, tornavam