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XLVII. MORTE E ENTÊRRO

Era Juvêncio que voltava. Vinham com ele três homens, empregados do velho, e traziam uma rede, e alguns remédios.

Apesar da sua pouca idade, Juvêncio, na organização dos socorros, portou-se como o mais velho e o mais experiente de todos. Foi ele quem explicou como deviam, com o auxílio, de cordas, içar o enfermo até a borda do valo, laçando-o pela cintura e pelos sovacos, — o que se fez sem grande dificuldade.

Mas o pobre homem não dava acordo de si. Estava como morto, já quase sem respirar. Já nem gemia. E, quando conseguiram depô-lo no chão, sobre a estrada, todos tinham a impressão de estar diante de um cadáver... Abriram-lhe a boca, separando-lhe os dentes à força, e deram-lhe algumas gotas de vinho, que o reanimaram durante poucos minutos. Mas logo depois recomeçou aquela sonolência, que já era, sem dúvida, o começo da agonia.

— Creio que não devemos perder tempo — disse Carlos — se queremos entregá-lo vivo à família.

— De certo! — apoiou Juvêncio.