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Eu, por mim, juro-o pela memória de meu pai!

— Eu também juro! — exclamou Alfredo com entusiasmo.

O pequeno sertanejo tinha os olhos cheios de lágrimas, e não sabia o que queria responder.

O trem corria, a toda velocidade. O dia era lindo. Um sol risonho alegrava a paisagem. E havia qualquer cousa tocante e sublime naquele grupo de três crianças, que o sofrimento unira, e que assim prometiam estimar-se sempre, querendo robustecer pela constância do afeto os laços que as provações da vida tinham criado.

Juvêncio, por fim, disse com voz trêmula de comoção:

— Eu também juro que nunca me hei de esquecer dos senhores, e que hei de fazer o possível para, depois de homem feito, ir encontrá-los onde quer que estejam!

E continuaram a viagem, alegrados por aquele juramento de amizade.