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L. NO CATU

Entretidos na conversação, os meninos não sentiam passar o tempo. Sem descer do trem, comeram, ali mesmo, em companhia do negociante de fumos, que os forçou a aceitar um pouco do seu farnel.

Em Serrinha, o negociante, que dissera chamar-se Trancoso, trocou algumas palavras com um conhecido, que estava na estação. Falaram de fumo e de açúcar.

— Fabrica-se muito açúcar na Bahia? — perguntou Alfredo, assim que o trem se pôs de novo em movimento.

— Bastante...

— Ah! Como deve ser bonito um engenho de açúcar! Deve ser uma cousa tão interessante!

— É realmente muito interessante. Se os senhores quisessem demorar a viagem, eu poderia levá-los a um engenho. Há um, abaixo de Alagoinhas, na estação do Catu. Devo ir até lá, amanhã, a negócio. Devo encontrar-me no engenho com um sujeito, que talvez me compre uma partida de fumos.

— Oh! Carlos! — exclamou o pequeno — porque não ficamos um dia no Catu?