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Torcendo o caminho para o outro lado, avistaram logo, na meia encosta da colina fronteira, um grande casa, baixa, quadrada, com o telhado negro corrido para os quatro lados. Dir-se-ia um enorme barracão, de cujo teto saía uma grossa chaminé, a despejar fumarada espessa, e acompanhada de um tubo esguio, de onde esguichavam, contínua e regularmente, lufadas de vapor branco róseo, como a névoa corada pela manhã.

Em baixo brilhava ao sol a água quieta de um açude, margeado de junco e tábua, e em cujo centro descansavam largas folhas de nenúfar.

— Lá está o engenho! — gritou alegre Juvêncio.

— Onde? — perguntou Alfredo.

— Pois não vê a bagaceira?

— Que bagaceira?

— Aquele chão branco amarelo! — e apontava uma larga mancha creme, que subia por um lado desde quase o açude até o alto do engenho. — É ali que se espalha o bagaço que sai da moenda; não vê aqueles bois que lá estão? Estão comendo bagaço fresco. Não vê aquele homem, com uma vara que está “virando” o bagaço, para que fique bem seco?

— Mas com que fim?

— Para que o bagaço possa ser aproveitado na fornalha do engenho...