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LIV. NA BAHIA

No dia seguinte, logo cedo, ainda o negociante, antes de sair para o escritório, conversou com Carlos, acerca do que se tinha passado, e do que convinha fazer.

— Onde teve notícia da morte de seu pai?

— Em Juazeiro. Vínhamos de Boa Vista, no vaporzinho. Perto de Juazeiro, foi que um homem, que subia o rio numa canoa, nos deu a notícia do falecimento de papai.

— O homem conhecia seu pai?

— Não! Nem sabia como se chamava. Mas papai estava doente, era o único engenheiro que estava em Petrolina... Enterrou-se em Juazeiro, onde nos mostraram a sua sepultura.

— Mas não encontraram em Petrolina, alguém que o tivesse tratado durante a moléstia, alguém que o tivesse conhecido ainda vivo?

— Não estivemos em Petrolina; e em Juazeiro dizia-se somente: “o engenheiro, que estava em Petrolina...” Coitado de papai! Enterrado numa cova rasa, — sem um inscrição, sem o nome sequer...

— Enfim, — disse Inácio Mendes — o que há agora a fazer é passar já e já um telegrama