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LXXI. PARA O SUL...

Na hora combinada, partiram.

Os dois meninos admiraram muito a magnífica estação central da Companhia Inglesa, no bairro da Luz, onde tomaram o trem que os levaria a Santos.

— É a mais bela estação de caminho de ferro que há no Brasil — observou Rogério. — E esta estrada é importantíssima: vai de Santos até Jundiaí, e ali entronca-se com a Companhia Paulista.

Pôs-se o trem em movimento. Logo ao sair da cidade, notou Alfredo um palácio monumental sobre uma pequena colina que se erguia no vasto campo. Antes que o menino houvesse perguntado qualquer cousa, acudiu Rogério:

— Aquele é o monumento de Ipiranga. À margem do regato que passa por ali, e tem esse nome — Ipiranga — descansava o príncipe D. Pedro, que de São Paulo voltava para o Rio, quando deu o grito de “Independência ou Morte”! viram no Rio de Janeiro, no Largo do Rocio, a estátua de D. Pedro I?... Pois essa estátua representa o príncipe no momento em que parte para o Rio, e lança o grito histórico...

Já o trem conseguira vencer a distância entre São Paulo e a serra do Cubatão, muralha grandiosa que se ergue em face do oceano.