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Logo que a terra enxugou, o seringueiro está no mato, na sua faina. Acorda às quatro e meia da manhã, e parte pela sua rua, levando pendente ao ombro um rosário de tigelinhas de folha. Chega à árvore, e vai talhando, à machadinha, a casca do tronco, e logo em baixo enterra o grampo da tigelinha, destinada a receber o leite que escorre do corte.

Em cada árvore, vai deixando oito, dez, quinze tigelinhas. Às oito ou nove horas da manhã, está terminada esta primeira parte do trabalho: e o homem volta, recolhendo o leito, de tronco em tronco.

Às dez horas, chega ao rancho para almoçar, rápida e frugalmente; e trata logo de fazer a borracha, isto é: defumar o leite. Nisto consiste o preparo da borracha. Queima-se num grande fogaréu