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VIII. NA FAZENDA

A essa hora, já a viagem era mais agradável. Corria uma viração suave. Animavam-se os campos; e viam-se, de quando em quando, ao longo do caminho, rebanhos pastando. A cada instante, da relva que atapetava a senda, ou das árvores que a bordavam, voava um pássaro, espantado com a aproximação dos animais.

Agora, os viajantes, depois de subir uma pequena ladeira, chegaram a um tabuleiro alto, plano, extenso, por onde a estrada se estendia quase em linha reta. A subida fora por um terreno áspero, avermelhado, semeado de pedrinhas brancas, alisadas e redondas, como as que forram o leito dos rios. De distância em distância, via-se uma moita mais elevada, um capão de mato, algumas árvores secas: tudo mais era capim rasteiro, enfezado, de folhas duras e peludas. Os animais marchavam num passo seguro e igual; e o bater das suas ferraduras no chão duro produzia um ruído cadenciado.

Iam calados os três viajantes. Benvindo esticava o pescoço, e olhava para a frente, como quem quer descobrir alguma cousa. Alfredo, entretido, contemplava o campo, e o céu coberto de