XVII. UMA CAMA IMPROVISADA
Neste ponto da narrativa, Juvêncio notou que Alfredo, apesar de ouvi-lo com atenção, estava como constrangido, agitando-se continuamente:
— O senhor está com sono... Vamos tratar de dormir, e amanhã continuarei a minha história.
— Não! — exclamou o menino — estou fatigado, mas não tenho sono: prefiro ouvir já o resto da história.
— É melhor! — apoio Carlos — além disso, assim mesmo, sentados, é que passaremos toda a noite...
— Isso é que não! — objetou Juvêncio — vou mostrar-lhes já como se arranja num momento uma cama. Temos ali aquele couro: vamos estendê-lo no chão, e arranjar dentro dele um travesseiro, com a trouxa da roupa. Vosmecês dormirão muito bem nessa cama improvisada.
— E você?
— Ah! Estou acostumado a dormir em qualquer parte. Estiro-me no chão, e durmo como um príncipe.