TU
Teus olhos são como a noite
Trévas e luz;
O’ anjo, o céo em teus olhos
Se reproduz!
Tu’alma inda não conhece
Teu coração;
Rubor que te accende as faces
E’ sem razão.
Innocente, quem gozára
Comtigo o céo!
Quem dos amôres comtigo
Rasgára o véo!
Quem descerrára teus labios
C’um doce beijo!…
Dizendo—amôr— e em teus olhos
Vira um desejo!