CONSOLIÇÃO
A’s vezes quando a lua melancolica
Empallece o setim da azul redoma,
E o globo adormecido;
Quando ao roçar da briza a lyra eolica
Suspira, e um vagido aos céos assoma,
Qual de infante perdido;
Quando o silencio, fugitivo errando
No arvoredo, um rumor vago desperta,
Que presto se esvaece;
Quando ao longe erma estrêlla palpitando
Attrahe os olhos, e lembrança incerta
Sôbre lágrimas tece;