ULTIMO CANTO DO ANACHORETA
Senhor! minha alma serenou fugindo
Do tumulto dos homens; os meus dias,
Pranteados á sós, foram caindo
Na urna do passado, e tu sorrias
No meio do meu pranto…
No ermo dos bosques descantei teu nome,
Meus cantos no echo da soïdão subiram
Ao throno teu; o aquilão gelou-me
Ao invocar-te á meia noite, ouviram
Os astros o meu hymno.
No fim da tarde eu ia junto á fonte
Minhas préces entoar co’as vozes della,
E quando o sol surgia no horizonte
Dava-me a mente nova phrase bella
Para te bemdizer.