A’ DIAMANTINA
Vêde a nympha serrana! Ella se inclina
No outeiro, descançando os pés na rocha,
Que guarda o seu thesouro;
E’ uma flôr que entre rubins desbrocha,
Humectada por fonte crystallina
Correndo em leito d’ouro.
Jaz-lhe na aurora recurvado sêrro,
Longo, escamoso, qual petrificada
Gigantesca serpente;
Sentinella, que dorme descuidada,
Emquanto róe-lhe as visceras o ferro
Da garimpeira gente.