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Página:Aureliano José Lessa - Poesias posthumas (1873).pdf/47

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MENSAGEM


Borboleta inconstante, voluvel;
Mais que a folha do vento movida,
Este amargo suspiro recebe,
Leva aos aures da minha querida.

Que um zephyro brando deslize
Sob os remos com que tu navegas,
E não turvem os céos tempestades,
E não varram-te negras refregas.

Vai, pequeno, piedoso volatil,
Por mim faze este bom sacrificio,
Que a bonina gentil te receba,
Que te preste a anemona hospicio.

Vai beijando as flôrinhas; Augusta
Lá no centro verás do jardim;
Passa em frente na verde roseira,
A mensagem refere-lhe assim: