Página:Aventuras de Diofanes.djvu/140

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na certeza de que te saberei tanto estimar, como guardar os teus segredos. Não queiras saber quem sou, (lhe respondi) pois jurei não revelar jamais; mas sabei que vos sirvo, Senhor, obediente ao meu destino, que temo aos Deuses, e que amo as letras. Eu igualmente me obrigo ao teu juramento; (me replicou) e como igualmente me obrigo ao teu juramento; (me replicou) e como também me deves ser obediente, não é razão que não respondas ao que te pergunto; e vendo-me com mostras de aflito, mudando de parecer, disse: Mas não o digas, que é vil maldade empreender que se ofendem os Deuses, sem mais causa que uma curiosidade inútil. Quero que te exercite em dar escola a estes, a quem principiastes a instruir; e que o castigo de Aldino seja ao teu arbítrio. Que maior castigo (lhe respondi), quereis que se dê a um triste, que correr com a tormenta da sua culpa, entregue ao conhecimento das gentes, passando de estimações a vitupérios? Pois sabe, (me respondeu) que para se conservar como troféu da tua vitória, já eu lhe havia perdoado; e agora só quis tirar mais uma prova da nobreza de teu coração e ultimamente te digo que te não dou liberdade, por não tentar o teu retiro, mas que consideres tê-la em os meus Domínios, onde te não faltará cousa alguma.