Levante-se, cavalleiro.
Prepare as armas se aprompte
Pegue o cavallo, se monte,
Trate de ser bom guerreiro
Ponha seu corpo ligeiro
Veja se não dê uma falha.
A morte entre nós se espalha,
A hora de um é chegada
Lance mão de sua espada,
Vamos entrar em batalha.
Quem és tú, tão pequenino
que vem me desafiar?
Achas que vou me occupar
Em dar batalha a menino?
E’s louco, tu não tens tino,
Disse o turco com furor.
Seja por qual forma fôr,
Me diga agora, confesse,
Qual foi o mal que fizeste
Contra teu imperador?
Disse Oliveiros zangado:
Venha pelejar commigo,
Perante ao inimigo,
E’ ser vil pôr-se deitado
Devia ser delicado
Lhe reflictio Oliveiros
Na ordem dos cavalleiros
Encontra-se a educação,
Por isso não é acção
Nem nobreza dos guerreiros.
O turco disse afinal:
Oh! cavalleiro, lhe digo,
Só pode luctar commigo
Se fôr de sangue real,
Porque se não fôr igual
Recusarei a empreza
Fallou com toda franqueza…
Então Oliveiros disse:
Pode crêr como que visse
Minha origem é de nobreza.
Ferrabraz lhe esclareceu:
Teu nome has de me dizer.
Primeiro eu hei de saber.
Disse Oliveiros: do teu
Disse Ferrabraz: o meu
O direi sem mais porfia,
Pois minha soberania
Não exige cousas taes,
Eu me chamo Ferrabraz,
Sou o rei de Alexandria.
Página:Batalha de Oliveiros com Ferrabraz.pdf/9
Aspeto
