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Muitos romances; poesias, polemicas e outros escriptos, dos que ficam catalogados, sahiram nos referidos e outros jornaes.

Alguns auctores e traductores illustraram as suas obras com prefacios, prologos, juizos criticos, etc., d’esse erudito mestre a quem a Historia consagrou uma das suas mais polidas paginas de ouro!.

"Camillo occupava-se, quando cegou, em um trabalho sobre Leonor Telles, do qual resultava a rehabilitação da sua memoria; outro sobre Ignez de Castro, mostrando que ella não era hespanhola, mas portugueza, pois nascêra na quinta de Oliveira, em Gaya, hoje propriedade do visconde do mesmo titulo.

"Além destes, Camillo devia deixar, se não concluidos, pelo menos em via disso, um livro inedito-A raça do prior do Crato, corpo de historia em que trabalhava ha bastantes annos.

"Um collega affirma tambem que Camillo deixou ou quasi concluido ou terminado, o romance Os Brocas.

"É inexacto.

"Camillo tencionava de facto escrever esse romance, que prendia com a historia de seus avós, e chegou até a contractar a publicação da obra com o fallecido livreiro Ernesto Chardron. Tinha, porém, Camillo de ir á Villa Real colher apontamentos e subsidios que reputava indispensaveis, quando se lhe aggravaram os padecimentos. Desistio então, e isso mesmo participou ao editor.

"O grande escriptor usou por vezes dos seguintes pseudonymos: Anastacio das Lombrigas, Archi-Zero, Saragoçano, C. da Veiga, Manoel Côco, A. E. I. O. U., Modesto, Visconde de qualquer cousa, João Junior e Gervasio Lopes Canavarro."