Página:Caramuru 1781.djvu/312

Wikisource, a biblioteca livre
LXXV

Depois ao povo e ilustre magistrado
Por leis do novo império manifesta
Que seja o nome santo venerado,
Que cesse nos sertões a guerra infesta;
Que o homicídio se veja castigado,
Que o antropófago atroz, que a lei detesta,
Que a embaixada evangélica, que envia,
Se ouça com paz, que se honre o que a anuncia.

LXXVI

Que o indígena seja ali empregado,
E que à sombra das leis tranqüilo esteja ;
Que viva em liberdade conservado,
Sem que oprimido dos colonos seja;
Que às expensas do rei seja educado
O neófito, que abraça a santa igreja,
E que na santa empresa ao missionário
Subministre subsídio o régio erário.

LXXVII

Por fim publica do monarca reto
Em favor de Diogo e Catarina
Um real honorífico decreto,
Que ao seu merecimento honras destina:
E em recompensa do leal afeto,
Com que a coroa a dama lhe consina,
Manda honrar na colônia lusitana
Diogo Álvares Correia, de Viana.