Página:Caramuru 1781.djvu/78

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XC

"Esposo (a bela
diz), teu nome ignoro;
Mas não teu coração, que no meu peito,
Desde o momento em que te vi, que o adoro.
Não sei se era amor já, se era respeito,
Mas sei do que então vi, do que hoje exploro,
Que de dois corações um só foi feito.
Quero o batismo teu, quero a tua Igreja,
Meu povo seja o teu, teu Deus meu seja.

XCI

Ter-me-ás, caro, ter-me-ás sempre a teu lado;
Vigia tua, se te ocupa o sono;
Armada sairei, vendo-te armado,
Tão fiel nas prisões como num trono.
Outrem não temas que me seja amado;
Tu só serás senhor, tu só meu dono".
Tanto lhe diz Diogo, e ambos juraram,
E em fé do juramento as mãos tocaram.