Página:Carta Antonio Azeredo a Rui Barbosa 01.pdf/3

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Quis Deus que assim fosse,e Ele sabe o que faz.

Sigamos, pois, o nosso destino, mas que as nossas embarcações singrem serenas as águas desse mar revolto, até porto seguro, sem se chocarem nessa longa e dolorosa travessia, em que o meu coração oprimido por uma dor intensa sente a quebra dessa solidariedade política, que devia ser indefectível, mas que a fatalidade cruel veio estremecer, sem, entretanto, diminuir uma partícula sequer da minha amizade, do meu afeto desinteressado e da minha dedicação nunca excedida.

Tenho fé, porém, que a Providência nos fará encontrar mais adiante e muito breve, unindo nos pelos mesmos ideais, para nunca mais nos separarmos.

Creia-me, meu caro Ruy, o mais sincero e o mais dedicado dos seus amigos

Azeredo