car agora, a todos, para que se veja a pouca causa que o livro deu ao juízo que déle se tinha feito. O que bem se pode conhecer conferindo sua doutrina com o que escrevem todos os que trataram esta matéria.
E se porventura disser alguém que o entendimento des homens obra aqul apaixonado por sua jurisdição; veja-se aquele excelente tratado que escreveu da nobreza virtuosa, a condessa de Aranda, D. Luisa Maria de Padilha, e publicou Fr. Pedro Henrique Pastor; que lojo se achará como nem por ser escrito por muther se subornou da fragilidade de sua condição, para que deixasse de assentar às mulheres com toda a aspereza os preceitos necessários.
A natureza mostra, e o confirma a experiência, que as mèzinhas de uso mais dificultoso são aquelas de virtude mais eficaz. A arte, a que os médicos chamam Precautoria, sem dúvida é moléstia, se se olha a quanto obriga; mas, se ao muito de que preserva, sem dúvida é suavissima. O ánimo de D. Francisco bem prova, que não foi induzir a novos cuidados, e desconfianças, mas antes mostrar os caminhos para sair déles, e fugir delas.
Entre os seus livros, pode ser que nenhum seja mais util que o presente. E nenhum de-certo é mais fácil; ou que a matéria pedisse um descansado estilo, ou qua êle cansado de ser repreendido de misterioso (e talvez de escuro) quisesse escrever para todos; pois para todos escrevia, senão para si mesmo. Seja-lhe contudo desculpa (senão louvor) haver sido seu fim em todos seus escritos acomodar sempre o estilo com a matéria : cousa não de todos guardada, e ao menos concedida. Porque na história de Catalunha mostrou verdadeiramnente eloqüência histórica. No Eco Politico levantou mais a pena, porque o pedia a politica. No Mator pe-