Sei que se deve à prudência com que V. Majestade o dispos, não à diligência com que eu o solicitel. Mas nem por isto deixa de conhecer-se qual fol meu anime, e a minha diligencia.
Pois, Senhor, & que prémios ? & que vantagens ? que interesses me obrigarain a padecer tanto, cemo devia então? E agora quando incomparáveis os podla esperar das Reais mãos de V. Majestade quem fez que me desobrigasse de os merecer ? & ou or no depois os desmereci ?
Foi mandado o conde de Linhares a Evora, e eu em sua companhia a Vila Viçosa, com aquele fim que se podia esperar pudesse ter então em seus designios a corle castellana dirigida por um ministro industrioso, e politico, qual era o conde-duque.
E que era eu então, senão un requerente, que em tudo dependia do bom semblante de refoistro tam poderoso ?
Tam pouco a idade me favorecia. A honra supria por tudo.
Porventura o galardão que podia esperar de comprazer àquele ininistro, os sinais que ele não dissimulava, de desejar lhe revelasse alguns segredos dos que passavam neste reino, foram bastantes para me mater Dos beiços outras razões, que aquelas que me ditava a obrigação, e o amor que tinha, e guardei sempre à real pessoa de V. Majestade, e a seu estado.
Se eu o finjo, se agora vamente o alego a V. Majestade por serviço. faie por mim o efeito. Haverá, Senhor, quem pese em justa balança éste serviço e este procedimento com os dos que mais na feliz aclamação de V. Majestade se adlantaram, que
