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Á muda e torva irmã,
Dormida de cansaço,
Lá vem tomar o espaço
A virgem da manhã.
Uma por uma, vão
As pallidas estrellas,
E vão, e vão com ellas
Teus sonhos, coração.
Mas tu, que o devaneio
Inspiras do poeta,
Não vês que a vaga inquieta
Abre-te o humido seio?
Vai. Radioso e ardente,
Em breve o astro do dia,
Rompendo a nevoa fria,
Virá do roxo oriente.
Dos intimos sonhares
Que a noite protegera,
De tanto que eu vertera
Em lagrimas a pares,