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Que mar não foi! que tumidas
As aguas não rolavam!
Montanhas e planicies
Tudo tornou-se um mar;
E nesta scena lugubre
Os gritos que soavam
Era um clamor unisono
Que a terra ia acabar.

Em vão, ó pae atonito,
Ao seio o filho estreitas;
Filhos, esposos, miseros,
Em vão tentaes fugir!
Que as aguas do diluvio
Crescidas e refeitas,
Vão da planicie aos pincaros
Subir, subir, subir!

Só, como a idéa unica
De um mundo que se acaba,
Erma, boiava intrepida,
A arca de Noé;
Pura das velhas nodoas
De tudo o que desaba,