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Venho c'roado de flores
Da vida entregar-te a flor;
É um feliz que te implora
Na madrugada da vida,
Uma cabeça perdida
E perdida por amor.

Era rainha e formosa,
Sobre cem povos reinava,
E tinha uma turba escrava
Dos mais poderosos reis;
Eu era apenas um servo,
Mas amava-a tanto, tanto,
Que nem tinha um desencanto
Nos seus desprezos crueis.

Vivia distante della
Sem fallar-lhe nem ouvil-a;
Só me vingava em seguil-a
Para a poder contemplar;
Era uma sombra calada
Que occulta força levava,
E no caminho a aguardava
Para saudal-a e passar.