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Brilhante o viu no solio
O genio meu, cahido
Depois, depois no imperio,
Depois em fim vencido,
E do universo ao fremito
Sua voz unir não fez.
Virgem de servo encómio,
E de covarde insulto,
Acorda ao sol esplendido,
Tão de repente occulto,
E solta á norte um cantico,
Que é do porvir talvez.

Dos Alpes ás Pyramides,
Do Rheno ao Manzanares,
Raio, o veloz relampago
Seguiu, rasgando os ares ;
Troou de Scylla ao Tanais,
De um mar a outro mar.